segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

A PASTORAL DO DÍZIMO

Qualquer pessoa pode ser da equipe do Dízimo.
 
1.      Dízimo é uma pastoral.
        A equipe da pastoral do Dízimo não pode ser considerada uma equipe secundária, ou um apêndice. Não se trata de uma equipe com a finalidade de captar recursos para a igreja ou administrar uma obra. Não se trata de um ato meramente financeiro-administrativo dentro de uma comunidade. E, isto sim, um trabalho Pastoral dentro da pastoral de Conjunto. É uma pastoral tão importante quanto a pastoral da Catequese, da Liturgia etc. Se a pastoral do Dízimo não vai bem, todas as outras são prejudicadas. A equipe, portanto, deve ter consciência de que esse é um trabalho pastoral.
 
2.      Conhecimento do Dízimo.
        A equipe deve conhecer bem o assunto. Deve estar preparada para ajudar a esclarecer dúvidas sobre o Dízimo.
 
3.      O testemunho da equipe.
       Quem faz parte desta equipe precisa ser dizimista para valer. Tentar convencer a outros sobre algo de que não estamos convencidos não funciona. Quando vamos motivar os fiéis sobre o Dízimo, devemos falar da experiência própria, algo que sai de dentro com plena convicção. Todos devem dar testemunho.
Existem coordenadores do Dízimo pelo Brasil afora com dez ou mais anos de trabalho e que nunca devolveram o Dízimo. E não entendem porque o povo não é dizimista. Aplicar aos outros algo em que não acreditamos não funciona. A equipe deve acreditar no que faz. Por isso mesmo faz a própria opção de dizimista. Entender que devemos dar o Dízimo também do próprio tempo e, por isso, fazer parte da equipe que vai ajudar os outros irmãos a fazerem também a opção de dizimistas conscientes.
 
4.      Disponibilidade para o dízimo
       A equipe deve ter tempo para se dedicar à Pastoral do Dízimo. Preferencialmente nos dias em que há mais movimento na comunidade. Normalmente as missas são aos sábados e aos domingos. Antes e após as missas, a presença de elementos da equipe do Dízimo possibilita a contribuição dos dizimistas.
Quem faz parte de outra equipe de Pastoral não pode ser sobrecarregada. Se isso acontecer, alguém está se omitindo. Às vezes é a própria pessoa que achaque só ela sabe resolver todos os problemas da comunidade e assume tudo. Dificilmente tudo sai bem.
 
5.      Organização
        A equipe deve ser bem organizada. Esta equipe é responsável pela organização, conscientização, animação e recebimento do Dízimo. Deve ser formada por pessoas capazes de trabalhar em equipe. O Dízimo é um trabalho que exige muita união. Trata-se de administrar os bens que o povo traz para Deus. O sucesso da implantação do dizimo depende exclusivamente desta equipe.
         Para finalizar: Ser da equipe do Dízimo é fazer uma opção missionária. Não se trata de uma equipe de cobradores, mas de missionários que estão a serviço da comunidade, levando cada mês uma lembrança do compromisso assumido pelos irmãos dando, cada mês, uma mensagem de fé, de esperança. Esta equipe tem a tarefa de conscientizar os fiéis para a partilha.
  
6.      Devemos insistir para uma pessoa ser dizimista? 

 Não creio que se deva insistir, O que devemos fazer é mostrar para a pessoa as vantagens, e deixá-la livre. Devemos ser rigorosos conosco mesmos no sentido de conscientizar as pessoas sobre o Dízimo. Oferecer a todos o máximo de informações e testemunhos. Depois disso, deixar que Deus opere na pessoa. Devemos fazer a nossa parte, a conscientização. Forçar a barra seria interferir na liberdade dos outros.

 
7.      Quando o dizimista desiste, deve ser cobrado?
 
        Muitas vezes a pessoa faz a opção do Dízimo levada pela emoção do momento. Passada a emoção não se sente mais motivada para continuar. Por isso é importante uma conscientização que atinja o coração e a razão.
        Uma pessoa conscientizada dificilmente interrompe sua  devolução,  ao contrário, a aumentará.
Mas se isto acontecer, é bom ajudar a pessoa a refletir sobre o compromisso que assumiu. Alertá-la muito delicadamente.
        Podia não ter se comprometido. Era livre. Mas uma vez que se comprometeu, deve fazer de tudo para cumprir. O exemplo está em Jacó. Fez uma promessa, foi fiel, cumpriu à risca e prosperou. Gen.28,20-22.
        Para ajudar os indecisos podemos refletir com eles o Sal. 49,14. ‘Oferece, antes, a Deus um sacrifício de louvor e cumpro teus votos para o Altíssimo’. Ou ainda, Jó22,27: ‘‘Tu lhe rogarás, e ele te ouvirá, e cumprirás os teus votos “
        A conscientização deve levar o dizimista a uma decisão pessoal, espontânea, brotada do coração, a partir de uma experiência com Deus em sua vida.
 

8.      E quando o dizimista atrasa?
 
         A equipe deve preparar uma mensagem especial para os dizimistas em atraso, lembrando-lhes o compromisso que assumiram na comunidade. Deve ser uma mensagem de lembrança e orientação e nunca de cobrança. O melhor mesmo é fazer uma visita para saber o que aconteceu. E possível que se trate de simples esquecimento, mas pode tratar-se de problema mais sério. A presença da equipe do Dízimo pode ajudar aquela pessoa, pode orientá-la, e deve, em qualquer circuns­tância, avisar o dizimista, para que continue sua opção, pois isto mostra sua fidelidade para com Deus e atrai as bênçãos de que necessita.
 
9.  Deve ser feita cobrança nas casas?
 
          Faça uma visita procurando orientar para que o dizimista devolva seu dízimo na comunidade. Se o dizimista participa da comunidade, não há razão de alguém ir até sua casa para receber o dízimo.
 
10. Desafios da equipe
 
        Na implantação do Dízimo, certamente a equipe vai se defrontar com quatro tipos bem distintos de dizimistas:
 
OS FIÉIS - São aqueles que dão e sempre têm mais para dar. São os que levam à frente os trabalhos da comunidade. Sua contribuição é regular, significativa, consciente e voluntária. São também eles os mais sensíveis em casos de emergência. Ajudam os pobres, assumem os trabalhos da pastoral. São os que devem ser imitados.
 
OS INFIÉIS - São os que fazem a opção do Dízimo e depois de certo tempo negligenciam, param de contribuir. São também infiéis os que dão parte do Dízimo, ou seja, se inscrevem para contar na comunidade como dizimistas, mas dão uma insignificância e são conscientes de que poderiam dar mais, porém não o fazem.
São os Ananias e Safiras de hoje. Atos 5,1-11. Esses precisam ser orientados a cumprirem o voto que fizeram a Deus.
 
OS NÃO-DIZIMISTAS LIBERAIS - São os que não com­batem o sistema do Dízimo. Não são dizimistas, mas estão sempre dispostos a contribuir conforme as necessidades. Normalmente colocam na Oferta o que dariam como Dízimo. Não são dizimistas por não terem compreendido seu valor histórico, bíblico, cristão, social e missionário. Um pouquinho de esforço da equipe os transforma em dizimistas exemplares.
 
OS ANTI -DIZIMISTAS - São os mesquinhos, os derrotados por natureza. Talvez tenhamos neste grupo um número de pessoas que nos surpreende. Eles sabem de tudo. São os “iluminados”. Nunca estão presentes para ajudar quando é preciso fazer algo na comunidade, mas são os primeiros a criticar depois de feito.
São os que ouvem o que o padre ou a equipe do Dízimo diz, e ficam cochichando na igreja, e fora dela, para levarem as pessoas a pensar o contrário do que foi pregado. Há até os que chegam a mostrar o relógio, embora a missa não demore 6 ou 10 minutos além do normal. São os de “missa de 7º dia  mas que se chamam de cristãos exemplares”.
São os que se põem contra uma campanha do Dízimo, alegando que se deveria fazer uma campanha para os pobres. Quando você fala de pobre ou de opção da Igreja por eles, logo combatem. São os de argumentos fáceis. Mas as ações? São os do contra.


11. Pontos que ajudam a organizar o dizimo.

Escolher pessoas interessadas e convencidas do valor do dízimo.
  Preparar-se bem, vendo outras experiências onde funciona o dízimo.
Sem nunca impor, mas ajudar a sensibilizar os fiéis por esta Pastoral.
Esclarecer a comunidade por meio de palestras, faixas, folhetos e o bom uso dos Meios de Comunicação Social (feito tudo por leigos).
Aproveitar o que existe: Novenas, Grupos de Reflexão, Capelinhas...
Fazer celebrações litúrgicas sobre o dízimo. Pessoas dêem testemunho.
Preparar fichas e cadastro da família dizimista. Não complicar nada.
Antes e depois das celebrações, alguém da Equipe atende às pessoas sobre o dízimo, pois muitos aproveitam a ida à igreja para acertar seu dízimo. Pode ser também na casa paroquial.
Lembrar sempre que o dízimo requer muita paciência, muita motivação e tempo. Não forçar, mas trabalhar a consciência dos católicos dando boa fundamentação bíblica.
Não afastar ninguém da comunidade por causa do dízimo.

fonte: net.